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domingo, 28 de novembro de 2010

Psicologia da SETREM participa de Congresso Internacional em Buenos Aires




Apresentação da acadêmica Sihan sobre Psicologia na Assistência Social



Apresentação das professoras Lisiane, Rita, Solange, Vanda e Renata.



Apresentação da acadêmica Francieli Winkelmann da pesquisa sobre Psicologia e Políticas Públicas


Apresentação da acadêmica Raquel Ledur sobre a experiência da psicologia no Projeto da BM "Pelotão Mirim"


Apresentação das acadêmicas Chrystiane Warken e Marciane Link sobre Psicologia na Escola.



Apresentação dos professores Rita e Paulo sobre Economia Solidária e Saúde Mental no Brasil.



Apresentação da acadẽmica Iara Schmitt sobre Desafios a situação da família em situação de violência






Academicas Diana Kettner e Zuleica Osmari que apresentaram o trabalho sobre a questão da evasão escolar.



O grupo em Puerto Madera


Delegação da SETREM junto com as Madres da Plaza de Mayo


O curso de Psicologia da SETREM participou com uma delegação de 19 pessoas, entre acadêmicas e professores, do IX Congresso Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos, promovido pela Universidade Popular das Madres de Plaza de Mayo. O evento que reuniu mais de 10 mil pesquisadores de diversos países em Buenos Aires durante os dias 18,19,20 e 21 de novembro constitui-se hoje como um dos principais eventos Latinoamericanos do campo da Psicologia.

Durante Congresso as acadêmicas e professores da SETREM apresentaram 19 trabalhos nas diferentes modalidades como trabalhos livres, Mesa Redonda e posters.

Participaram da delegação da SETREM a Coordenadora do curso de Psicologia, professora Evandir Bueno Barasuol e os professores Rita de Cássia Maciazeki Gomes, Lisiane Fachinetto, Solange Castro Schorn, Paulo Marques.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Seminário de Psicologia e Políticas Públicas

CARTOGRAFIAS INFANTIS








Professor de Psicologia Luciano Bedin organiza seminário em Porto Alegre


No último dia 17 de novembro, o professor de psicologia Luciano Bedin da Costa organizou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) o seminário Cartografias Infantis: a cidade pela criança / a fotografia pela criança. Mais de 150 pessoas se inscreveram, em sua grande maioria profissionais e estudantes das áreas da psicologia, artes, educação e geografia.

O seminário contou com conferencistas altamente qualificados, que abordaram a relação entre infância, estética e cidade. O seminário faz parte do projeto Cartografias Infantis, financiado pela Fundação Nacional das Artes (FUNARTE), coordenado pelo próprio professor da SETREM e por uma equipe que conta ainda com Larisa Bandeira (educadora) e Mayra Martins (artista visual). A proposta do projeto é realizar uma cartografia da cidade de Porto Alegre através do olhar da criança, em oficinas de fotografia destinadas ao público infantil.

O projeto ganhou divulgação em duas páginas na Zero Hora, no dia 6 novembro de 2010 – para dar uma conferida na matéria: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=rs&local=1&newsID=a3100770.xml&channel=null&tipo=1§ion=Geral

PARA SABER: cartografia é uma ciência geográfica que estuda e produz mapas. No campo da psicologia, a cartografia surge como uma metodologia para mapear os movimentos sociais e subjetivos. O psicólogo-cartógrafo constróe seus mapas na medida em que percorre o próprio território; ele não se coloca do lado de fora, suspeita da idéia de neutralidade e sabe que o simples fato de estar no espaço já é um tipo de intervenção.

PARA 2010: Para o primeiro semestre de 2010, o professor Luciano Bedin da Costa ministrará na SETREM a oficina CARTOGRAFIA: uma outra forma de pesquisar, que será realizada às segundas-feiras durante o turno da tarde.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sobre o conceito de liberdade




Hegel e nós
Vladimir Pinheiro Safatle

Uma das ideias mais atuais de Hegel diz respeito ao conceito de liberdade.

Ela consiste em lembrar que toda discussão sobre liberdade é inócua se não começar por responder quais condições sociais são necessárias para que uma vida livre possa ganhar realidade.

Um exemplo interessante já fornecido por Hegel (retrato acima) dizia respeito à tendência, no interior das sociedades de livre mercado, de pauperização de largas camadas da população devido à concentração de riquezas. Já no começo do século 19, um pensador da envergadura de Hegel não se espantaria se descobrisse que, enquanto o PIB norte-americano por habitante cresceu 36% entre 1973 e 1995, o salário horário de não-executivos abaixou em 14%.

O paradoxo de sociedades que produzem cada vez mais riquezas enquanto tendem a concentrar sua circulação não vem de hoje.

Para Hegel, este não era um problema de "justiça social", mas sim de condições de efetivação da liberdade. Não é possível ser livre sendo miserável. Livres escolhas são radicalmente limitadas na pobreza e, por consequência, na subserviência social. Posso ter a ilusão de que, mesmo com restrições, continuo a pensar livremente, a deliberar a partir de meu livre-arbítrio individual.

Um pouco como o estoico Epiteto, que dizia ser livre mesmo sendo escravo. No entanto, uma liberdade que se reduziu à condição de puro pensamento é simplesmente inefetiva. Ela determina em muito pouco as motivações para o nosso agir.

Assim, uma questão fundamental para a realização da liberdade estava ligada à constituição de um Estado com forte capacidade tributária. Estado capaz de, com isso, diminuir as tendências de concentração de riqueza e de pauperização, como já vimos em outros momentos da história.

Isso permitia a Hegel lembrar que a defesa da liberdade não passava pela crença liberal da redução do Estado a simples ator responsável pela segurança pessoal, assim como pela garantia das propriedades e contratos. Ao contrário, era necessário um ator social capaz de limitar as tendências paradoxais das sociedades civis de livre mercado, quebrando o puro interesse dos particulares.

Mas esta "quebra" e esta "limitação" eram as condições para a realização concreta da liberdade. Pois não se explica o que é liberdade partindo dos sistemas individuais de interesses, embora eles não possam ser simplesmente excluídos. "Liberdade" não é apenas um modo de relação a si, mas também um modo de relação social. Por isto, aqueles para quem o Estado é uma espécie de monstro a limitar as nossas possibilidades de autorrealização talvez não saibam o que dizem.

Artigo de Vladimir Pinheiro Safatle, professor livre docente do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), especialista em epistemologia (teoria do conhecimento) e filosofia da música. Publicado no jornal Folha de São Paulo, edição de hoje.

Para rir um pouco...