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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Saúde Mental e Cooperativismo Social: Dá pra Fazer







COOPERATIVAS SOCIAIS DE USUÁRIOS DA SAÚDE MENTAL: DÁ PRA FAZER
Paulo Marques

No contexto da reforma do sistema de saúde mental da Itália, realizada no final dos anos 70, a partir da Lei Basaglia* que aboliu os hospitais psiquiátricos, iniciou-se um rico e inovador processo de incentivo à criação de cooperativas para inclusão produtiva dos usuários de serviços de saúde mental. Estes empreendimentos foram definidos por lei como "Cooperativas Sociais". A partir dos anos 80 mais de 3 mil destas cooperativas foram criadas na Itália.

No Brasil esta discussão é recente, pautada pelo movimento antimanicomial está avançando a partir da articulação com o movimento da Economia Solidária. Uma das demandas é, assim como na Itália, aprovar uma nova legislação sobre as Cooperativas Sociais, garantindo apoio e financiamento público para os empreendimentos ( No Brasil existem em torno de 300 iniciativas de grupos de Economia Solidária formados por usuários da saúde mental). Neste ano essa questão foi um dos principais temas tanto da Conferência Temática de Economia Solidária como da Conferência Nacional de Saúde Mental.

Para quem quer conhecer um pouco mais sobre este tema não pode deixar de assistir o belo filme italiano "Si Puo Fare" ( em português "Dá pra fazer), produzido em 2008 sobre a experiência italiana das Cooperativas Sociais. O filme já traz no próprio título o que procura mostrar, ou seja, o que muitos acreditavam como algo impossível como a criação de uma cooperativa de usuários da saúde mental, não só comprovou a viabilidade como apontou as alternativas para outros países que buscam realizar reformas nos seus sistemas de saúde mental como o Brasil.

O filme conta a história de uma das primeiras experiências de cooperativas sociais criadas nos anos 80 na Itália. O protagonista é Nello, um sindicalista que é convidado a coordenar uma cooperativa formada pelos ex-pacientes dos manicômios fechados pela Lei Basaglia. Acreditando no trabalho, Nello se envolve profundamente com a tarefa de auxiliar na organização do empreendimento em uma perspectiva de inclusão produtiva e não assistencial.

Uma característica que chama atenção é a forma que Nello trata os novos cooperados desde o início, ele não os trata em nenhum momento como ex-pacientes mas como sócios, trabalhadores como quaisquer outros, o que demonstra uma visão baseada na igualdade e na solidariedade em relação às pessoas e suas possibilidades.
Tratado com humor e delicadeza, é um filme divertido e comovente, baseado em fatos reais que demonstra que sim "Dá pra fazer".


Ficha Técnica:

Título Original: Si può fare

País de Origem: Itália

Gênero: Drama/ Comédia

Tempo de Duração: 110 minutos

Ano de Lançamento: 2008

Direção: Giulio Manfredonia

* Franco Basaglia (1924-1980) foi o psiquiatra que promoveu a reforma no sistema de saúde mental italiano. Como diretor do Serviço Hospitalar de Triestre, Basaglia implantou reformas que foram consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como referência mundial para reformulação da assistência à saúde mental. A partir desta experiência foi aprovada em 1978 a chamada "Lei Basaglia" que estabeleceu a reforma do sistema que teve como uma das principais medidas a abolição dos hospitais psiquiátricos na Itália.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Curso de Psicologia lança Projeto "Psicologia conversando com a comunidade"

Débora Bordignon, asssitente social, participou da atividade representando a Coordenadoria da Mulher da prefeitura de Três de Maio


Iara Schimitt, estagiária do Curso de Psicologia da SETREM na Coordenadoria da Mulher participou do debate.



Elisiane Pasini, Coordenadora Adjunta da Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero foi painelista no Lançamento do Projeto "Psicologia conversando com a comunidade"


Elisiane da Themis, Professora Rita, Assistênte Social Débora da Coordenadoria da Mulher e a aluna Iara que faz estágio na coordenadoria da mulher.


Na terça-feira, dia 21, aconteceu o lançamento do projeto ‘Psicologia conversando com a Comunidade’ realizado pelo curso de Psicologia da SETREM. Esta edição teve como tema : "Promoção do empoderamento de mulheres populares", o painel foi ministrado pela Doutora em Ciências Sociais Elisiane Pasini, Coordenadora Adjunta da Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero.Participaram da mesa de debates Iara Schimitt, estagiária do Curso de Psicologia da SETREM na Coordenadoria da Mulher, Débora Bordignon, asssitente social da Coordenadoria da Mulher e a professora e coordenadora de estágios da SETREM Rita de Cássia Maciazeki Gomes que coordenou os trabalhos.
A atividade realizada no auditório do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em Três de Maio, teve um bom público composto por alunos e pessoas da comunidade que debateram questões de gênero, legislação, direitos humanos, discriminalização do aborto entre outros. Esta edição do projeto contou com a parceria da Coordenadoria da Mulher da prefeitura de Três de Maio.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

I Encontro Nacional de Psicólogos(as) Negros(as) e Pesquisadores(as) sobre Relações Interraciais e Subjetividade no Brasil (PSINEP)






As estatísticas oficiais demonstram inequivocamente que o racismo é um forte determinante social nas condições de saúde, resultando “altas e desproporcionais taxas de morbidade e mortalidade” da população negra. Sabemos ainda que a ideologia racista se manifesta através das relações interpessoais presentes no cotidiano dos indivíduos, nas esferas mais variadas (família, trabalho, escola, religião, entre outros), e a força das representações sociais cristalizadas no imaginário coletivo garantem a perpetuação de preconceitos e práticas discriminatórias, com conseqüências devastadoras na formação da identidade e subjetividade deste grupo populacional, refletindo em sofrimento e adoecimento psíquico.

Como o acesso à formação universitária e mesmo um maior poder aquisitivo não garantem igualdade de direitos e tratamento, os psicólogos/as negros/as também têm de lidar com discriminações que limitam seu desempenho e reconhecimento.

Assim, o enfrentamento das iniqüidades raciais requer uma leitura psicossocial dos determinantes das desigualdades e seus efeitos sobre o psiquismo. Certamente, o preparo dos(as) psicólogos(as), com reconhecimento das relações inter-raciais como um dos determinantes da saúde mental, poderá resultar em ações técnicas e políticas que contribuam para significativos avanços na promoção da igualdade racial e intervenções psicológicas com respeito à diversidade, comprometidas com a saúde da população negra e a melhoria das relações interraciais, no trabalho, na escola, nas diversas esferas sociais, ou seja, comprometidas com a transformação social e o bem-estar pleno.

A realização do I Encontro Nacional de Psicólogos(as) Negros(as) e Pesquisadores(as) sobre Relações Interraciais e Subjetividade no Brasil (PSINEP) pretende ser um marco com a consolidação de uma rede de profissionais qualificados(as) para a promoção da igualdade étnico-racial.


OBJETIVOS

Promover a organização de um segmento da categoria de psicólogos(as) que, por suas especificidades étnico-raciais, enfrenta barreiras sociais para seu pleno desenvolvimento, fomentando o aprofundamento das discussões será realizado o

Apresentação de um panorama dos estudos e trabalhos desenvolvidos sobre a questão racial e psicologia, por meio de comunicações orais e pôsteres.

Traçar um plano de ação visando a ampliação das linhas de pesquisa e trabalhos relacionados a essa temática, sinalizando as contribuições que psicólogos(as) e outros(as) pesquisadores(as) podem oferecer na conquista da saúde da população negra e de condições iguais na sociedade, com respeito às diferenças.

Consolidação de uma rede de profissionais qualificados para a promoção da igualdade étnico-racial no âmbito dos serviços públicos e privados.

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Conteúdo

Eixo 1: Relações históricas da psicologia com o racismo: a produção de conhecimento, a prática e a formação

Eixo 2: Racismo e sofrimento psíquico: desafios para a psicologia e os(as) psicólogos(as)

Eixo 3: A configuração do mundo profissional e social para o(a) psicólogo(a) negro(a) no Brasil

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Formato

Encontro nacional, precedido por encontros preparatórios regionais, prevendo aproximadamente 350 (trezentos e cinqüenta) participantes. Contará com:

* Conferência
* Mesas-redondas
* Rodas de Conversa
* Comunicações Orais e Pôsteres (Acadêmicos e Profissionais)
* Oficinas
* Plenária

Público-alvo

* Psicólogos(as) negros(as) das diversas áreas (Saúde, Organizacional e Trabalho, Educação, Hospitalar, Direitos Humanos, entre outras)
* Pesquisadores(as) da temática étnico-racial e subjetividade
* Estudantes de psicologia
* Interessados pela temática étnico-racial na psicologia



Participe!

I Encontro Nacional de Psicólogos(as) Negros(as) e Pesquisadores(as) sobre Relações Interraciais e Subjetividade no Brasil (PSINEP)

13 a 15 de outubro de 2010

Instituto de Psicologia – Universidade de São Paulo (USP)
Av. Prof. Mello Moraes, 1721 – CEP 05508-030 – São Paulo – SP

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Psicologia da Setrem participa de Congresso em São Paulo



























De 03 a 07 de setembro, professores e acadêmicos do Curso de Psicologia da SETREM participaram em São Paulo, do III Congresso Brasileiro de Psicologia, promovido pelo Conselho Federal de Psicologia. Tendo como temática central ‘Ciência & Profissão’, reuniu mais de 11 mil profissionais do País.

As professoras Lilian Winter, Solange Schorn, Jeane Borges e Rita de Cássia Maciazeki Gomes participaram como palestrantes da temática ‘Formação em Psicologia: Narrativas de uma Trajetória’, apresentando a proposta do curso de Psicologia na SETREM.

Lilian, Jeane e Rita de Cássia também apresentaram trabalhos em parceria com outras Instituições de Ensino Superior. Lilian explanou sobre a experiência de implementação do Programa de Qualidade 8´S em uma empresa: ‘ Desenvolvendo Pessoas Através de Programas de Qualidade’ em parceria com o mestrado UNIJUI. Jeane abordou o ‘Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Infância’ em parceria com o Instituto de Psicologia da UFRGS. Rita de Cássia apresentou juntamente com Silvia Giugliani, do CRP/CREPOP, ‘Psicologia e Políticas Públicas: Desafios na Formação Acadêmica’.

Foram ainda apresentados pôsters desenvolvidos por acadêmicos do curso, sob orientação das professoras Jeane, Rita de Cássia e Luciano Bedin da Costa. Apresentaram trabalhos: Débora Immich, Cleusa Arnemann, Beatriz Pletsch, Charlize Griebler, Edimara Fassini, Maiara Perini, Ana Karina Machado, Karen Tavares, Elisa Hermann, Luciele Huber, Gianni Lauz, Marciane de Moaraes e Chystiane Warken.Participaram como ouvintes: Ana Paula Lemos, Eloisa Zobel, Deiwytt Rustick, Francieli Attuati e Katiani Pertile e Aline Griebler.

Lançamento de livro na III Jornada de Psicologia da Setrem


Debate com professor Luciano Bedin na III Jornada de Psicologia realizada dia 26 de agosto.


No dia 26 de agosto o professor Luciano Bedin lançou na SETREM o livro Vidas do Fora: habitantes do Silêncio durante a III Jornada de Psicologia da SETREM